O prefeito de Diadema, Taka Yamauchi, viajou para Brasília no dia 10 de junho para participar de uma reunião oficial da Federação Nacional de Prefeitos na Câmara dos Deputados. O encontro teve como foco a PEC 66, que trata do pagamento de precatórios e busca alternativas para municípios altamente endividados.
Diadema ocupa a posição de segunda cidade mais devedora de precatórios da federação e perdeu o prazo para apresentar o Plano Plurianual de Pagamento no ano passado.
Ao assumir o governo, Yamauchi foi surpreendido com uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que determinou que 2,71% da receita líquida do município fosse destinada mensalmente ao pagamento dessas dívidas.
O prefeito reconhece a legitimidade dos precatórios, mas argumenta que o município enfrenta um rombo de R$2,5 bilhões, o que torna inviável a destinação desses valores sem comprometer serviços essenciais e o pagamento dos servidores.
Por isso, a presença em Brasília visa sensibilizar parlamentares e autoridades para reavaliar a situação de Diadema e outros municípios na mesma condição.
Além da questão dos precatórios, a cidade também acumula uma dívida de R$ 889,9 milhões com a União, o que coloca Diadema como o segundo município mais endividado do país nesse aspecto.
Com o apoio de outros prefeitos, Yamauchi busca um novo modelo de renegociação junto ao Congresso Nacional e ao Governo Federal.
Durante o encontro, os representantes municipais entregaram um dossiê de mais de 500 páginas ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, detalhando os problemas financeiros e administrativos herdados da gestão anterior.
O desfecho das negociações ainda depende da tramitação da PEC 66 e de futuras análises do governo federal sobre alternativas para aliviar a carga financeira dos municípios.