A previsão de orçamento para a cultura em Diadema nos próximos quatro anos ainda não foi detalhada na Lei Orçamentária Anual (LOA), mas estimativas baseadas no Plano Plurianual (PPA) e nos gastos atuais indicam que o setor consome cerca de R$ 14,4 milhões por ano, ou R$ 1,2 milhão por mês. Com base em dados da Fundação Getúlio Vargas, cada real investido em cultura gera R$ 1,67 de retorno econômico. Assim, o impacto anual na economia local pode ultrapassar R$ 24 milhões, especialmente se houver aumento de 30% no orçamento, como sugerido pela presidente do Conselho Municipal de Cultura, Renata Juliana Reis da Silva.
A cidade deve receber cerca de R$ 2,5 milhões por meio da Política Nacional Aldir Blanc e outros R$ 3,2 milhões da Lei Paulo Gustavo até 2026.
Esses recursos federais e estaduais serão usados prioritariamente para fomentar projetos culturais em territórios periféricos, apoiar agentes culturais independentes e fortalecer os centros culturais de bairro, que são considerados ativos estratégicos da cidade.
A proposta é ampliar o alcance das ações culturais de 30% para até 60% da população, com foco em saúde mental, inclusão social e geração de renda por meio da economia criativa.
A fala de Renata na tribuna da câmara da cidade reforça a necessidade de ampliar o orçamento municipal para cultura, que hoje representa menos de 0,5% do total de R$ 3 bilhões previstos para 2026. O aumento poderia vir de remanejamento de verbas subutilizadas em outras áreas, parcerias público-privadas e maior captação de editais estaduais. Segundo Renata, investir em cultura reduz gastos futuros com saúde e segurança, além de projetar Diadema como referência regional e nacional. A proposta de aumento de 30% no orçamento é considerada viável e estratégica para o desenvolvimento sustentável da cidade.