A Prefeitura de Diadema encaminhou à Câmara o Projeto de Lei nº 030/2025, apelidado de “PL dos Privilégios”, que propõe a criação de 42 cargos comissionados, incluindo secretários adjuntos, chefes de gabinete e funções adicionais nas 18 secretarias municipais.
Os salários variam entre R$ 6.299 e R$ 18.000, com impacto estimado de R$ 9,5 milhões por ano nos cofres públicos. A medida, que pode gerar até R$ 30,9 milhões em gastos até o fim da atual gestão, foi duramente criticada pelo vereador Josa Queiroz (PT), que apontou contradição entre o projeto e o discurso de austeridade da administração Taka Yamauchi, que em janeiro declarou enfrentar uma dívida de R$ 2,5 bilhões.
Segundo a proposta, os novos cargos visam melhorar a eficiência da máquina pública, argumento defendido pela base governista.
No entanto, opositores questionam a prioridade da medida, especialmente após cortes em serviços básicos e o cancelamento do carnaval por falta de verba. “Temos um projeto esdrúxulo diante de tudo aquilo que a gente tem ouvido nos últimos meses”, afirmou Josa.
A discussão sobre o projeto acirrou os ânimos no Legislativo e reacendeu o debate sobre transparência e responsabilidade fiscal na gestão municipal.