Após o governo federal liberar cerca de R$ 7 bilhões para os parlamentares do Congresso Nacional, o prefeito eleito de Diadema Taka Yamauchi afirmou nessa sexta-feira que conseguiu cerca de 2,4 milhões de reais para a as áreas da Saúde e Esporte da cidade.
O montante fora conseguido após peregrinação do futuro alcaide, ao longo do mês de novembro, pelos gabinetes de diversos deputados federais, em Brasília e na Assembleia Legislativa paulista, que destinaram parte de suas emendas parlamentares para obras consideradas urgentes pela futura administração da cidade.
Desse total quase R$ 1,5 milhão irão para o serviço de saúde. Porém, Taka não disse exatamente onde esse recurso será usado.
O restante, cerca de 1 milhão de reais, será destinado à revitalização do campo de futebol ABC, localizado no bairro Taboão.
As recentes reuniões e articulações do prefeito eleito têm gerado resultados concretos, segundo ele mesmo avalia.
A expectativa de Taka é de que, nos primeiros 100 dias de governo, os recursos captados para a saúde alcancem R$ 10 milhões.
O novo prefeito de Diadema também prometeu que inaugurará um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) em Diadema, iniciativa que oferecerá serviços médicos especializados e pequenos procedimentos cirúrgicos, segundo ele.
Esses recursos provavelmente virão dos cofres do governo do Estado, conforme o compromisso que o governador Tarcísio de Freitas teria assumido com ele durante a campanha eleitoral.
Comentário do editor: Infelizmente, o modo como a federação é constituída aqui no Brasil atrapalha muito a administração das cidades e da maioria dos estados.
O poder maior fica concentrado na esfera federal e, consequentemente, a distribuição do que fora arrecadado dos diversos impostos federais fica nas mãos da União.
Entretanto, há um mecanismo que tenta, apesar das controvérsias e críticas, compensar esse desequilíbrio no uso do erário. Tratam-se das emendas parlamentares, que é um mecanismo em que cada deputado federal ou senador interfere na elaboração do orçamento da União, sugerindo que uma parte desta verba seja destinado para algum município, estado ou algum outro ente da federação para o financiamento de obras nas áreas prioritárias como saúde, educação, segurança, etc. (veja o vídeo acima)
Onde fica a prefeitura de Diadema
E foi atrás desse dinheiro que o prefeito eleito de Diadema, Taka Yamauchi, e seus colegas dos demais municípios brasileiros foram atrás em Brasília, logo após a eleição. E cada parlamentar vai destinar parte de sua cota para os municípios onde ele tiver interesses eleitorais futuros ou não.
Embora para alguns, esse tipo de negociação - se houver - seja moralmente questionável, trata-se de um expediente absolutamente legítimo - já que a política é a 'arte da negociação', tendo em vista o funcionamento do sistema tributário atual e o fato dos prefeitos não terem de ir com o "pires na mão" pedir dinheiro diretamente ao governo federal ou aos ministérios que outrora os atendia ou não, dependendo do humor do governante de plantão.
Não se sabe se o futuro mandatário conseguiu as verbas com todos aqueles parlamentares com o qual conversou.
Onde fica o Congresso Nacional - DF
Afinal, somente os deputados federais Antonio Carlos Rodrigues(PL), Delegado da Cunha (PP)e Paulinho da Força (Solidariedade) é que atenderam nesse primeiro momento às suas reivindicações.
É bom lembrar que não são só estas fontes de renda que um município possui, além da arrecadação de impostos e taxas municipais (IPTU, ISS, taxa do lixo, etc.) Também há o Fundo de Participação de Municípios, distribuídos pelo governo federal, de acordo com a arrecadação de tributos federais de cada cidade e os repasses do governo de cada estado de parte dos impostos estaduais (IPVA, ICMS, etc),além de convênios e acordos financeiros diversos.
O morador de Diadema espera que a futura administração use com parcimônia e sabedoria esses recursos extras que conseguira, que consiga solucionar o problema da dívida do município com o IPRED e que consiga solucionar os problemas conjunturais e até os estruturais sem arrebentar com o orçamento municipal.
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