Durante a entrevista concedida ao jornalista Cláudio Dantas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro abordou seu futuro político e reforçou que sua permanência fora do Brasil está diretamente ligada à aprovação de uma anistia que abarque os fatos desde 2019. Segundo ele, “tudo isso daí passa por uma anistia, por óbvio”, e sem essa medida, não há condições de exercer normalmente seu mandato ou disputar uma vaga no Senado por São Paulo em 2026.
Eduardo criticou o ministro Flávio Dino, que teria insinuado que o mandato parlamentar deve ser exercido presencialmente, e rebateu dizendo que “o Flávio Dino que vá tomar conta da casinha dele, que é o STF, não é a Câmara dos Deputados”. Ele também mencionou sua atuação como líder da minoria na Câmara, destacando que a indicação é prerrogativa do PL, maior partido fora da base governista. “Eu já larguei a mão de tudo”, afirmou, referindo-se ao sacrifício pessoal e financeiro que tem feito desde 2018 em suas articulações internacionais.
O deputado relatou encontros e relações de confiança com figuras do governo norte-americano, como Marco Rubio, e mencionou sua presença em áreas restritas da Casa Branca. “Isso não é só questão de você saber o telefone da pessoa, mas também a base da confiança”, disse. Ele reforçou que sua atuação visa denunciar o que considera um regime autoritário no Brasil e que não pretende mudar sua conduta, mesmo diante de investigações. “Eu quero que o pessoal da Suprema Corte me veja como um radical. Eu não vou parar.”
Eduardo Bolsonaro afirmou que, caso a anistia seja aprovada, ele retornaria ao Brasil e se lançaria candidato ao Senado, enquanto seu pai, Jair Bolsonaro, disputaria novamente a presidência. “Com uma normalidade minimamente restabelecida, eu retornaria ao Brasil e sairia candidato ao Senado por São Paulo”, concluiu.