O filme "A Empregada" chega aos cinemas com a missão de transformar o suspense literário de Freida McFadden em uma experiência visual inquietante. Dirigido por Paul Feig, o filme mergulha na rotina aparentemente perfeita de uma família rica, vista pelos olhos de Millie, uma mulher em busca de recomeço.
A ambientação luxuosa contrasta com os segredos sombrios que se revelam aos poucos, criando uma tensão crescente que prende o espectador do início ao fim.
Sydney Sweeney entrega uma performance vulnerável e magnética como Millie, enquanto Amanda Seyfried constrói uma Nina enigmática e perturbadora.
A dinâmica entre as duas é o motor emocional da trama, que se desenrola com ritmo preciso e uso inteligente dos espaços da casa como extensão do suspense.
O roteiro de Rebecca Sonnenshine acerta ao dosar revelações e manter o mistério vivo, sem recorrer a clichês fáceis do gênero.
Embora não reinvente o thriller psicológico, A Empregada se destaca pela elegância narrativa e pela capacidade de provocar desconforto com sutileza. A direção segura de Feig e a trilha sonora de Benjamin Wallfisch contribuem para uma atmosfera densa, que transforma o cotidiano em ameaça.
É uma adaptação que respeita sua origem literária, mas ganha força própria ao explorar os limites entre confiança, poder e sobrevivência.