Com altos custos tributários, energia cara e encargos trabalhistas complexos, o Brasil ainda enfrenta entraves que limitam a competitividade da produção industrial, mesmo em estados com infraestrutura robusta como São Paulo. Diante desse cenário, empresas brasileiras têm olhado para o Paraguai como alternativa viável, especialmente aquelas voltadas à exportação e que desejam ampliar margens operacionais.
O regime de indústria maquiladora paraguaio oferece condições simplificadas e vantajosas: imposto único de apenas 1% sobre o valor agregado, isenção de tributos na importação de insumos e energia elétrica com custo até 60% inferior ao brasileiro. Além disso, o país disponibiliza mão de obra jovem, encargos sociais reduzidos e facilidades para instalação de fábricas, fatores que têm atraído empresas dos setores automotivo, têxtil e plástico.
Por outro lado, produzir em São Paulo ainda garante acesso imediato ao mercado consumidor interno, estrutura logística avançada, ecossistema industrial consolidado e força de trabalho qualificada. No entanto, essa opção exige maior investimento para cumprir obrigações fiscais, trabalhistas e operacionais, o que pode pesar no orçamento de empresas com foco em exportação ou produção enxuta.
De forma geral, o Paraguai mostra-se mais vantajoso para negócios que priorizam custo, flexibilidade e agilidade regulatória. Já o Brasil, sobretudo São Paulo, é indicado para operações que valorizam proximidade de mercado, segurança jurídica e integração setorial. A melhor escolha dependerá do planejamento estratégico da empresa e de sua vocação produtiva.